quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Paciência (Lenine)


Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

domingo, 22 de novembro de 2009

RESTOS...



Depois de três anos afastado dos palcos, o ator Antonio Fagundes ressurge com o monólogo dramático em cartaz no Teatro Faap. Escrita pelo dramaturgo e cineasta americano Neil LaBute (de Na Companhia de Homens), a peça estreou em 2005 na Irlanda. Assim como os outros trabalhos do autor, o texto faz uma aproximação entre personagens contemporâneos e mitos gregos. Edward Carr é um comerciante de carros que acaba de ficar viúvo. Sob o impacto da perda da mulher, ele começa a refletir sobre o passado e os rumos de sua vida após esse acontecimento. Sempre fumando ou fazendo menção de acender um cigarro, o protagonista aos poucos se revela, até expor um grande segredo já próximo do fim do espetáculo.
O espetáculo é um máximo... Este é o último fim de semana no Teatro Faap, até dia 29/11/09 ... Não percam....

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

VOCÊ FOI A MAIOR DECEPÇÃO DA MINHA VIDA!

Cada dia que passa eu me sinto mais idiota

Idiota, por ter acreditado em você...

Vamos fazer isso, não gosto... vamos fazer aquilo, não gosto...

Gosto de ficar em casa, assistir televisão,tênis,jogos, sou caseiro...

Bobagem, hoje vejo que fui a mais idiota nesta história...

Me adaptei a sua vida, deixei de fazer coisas que gostava para te acompanhar...

Para que?

Hoje vejo que sempre me enganou...

Me fechei em seu mundo e deixei minhas prioridades de lado...

Para que?

Vejo o quanto fui idiota em querer me adaptar a seu mundo,

Quanta coisa perdi, quanto tempo perdi... quanto me enganei...

Quanto você me enganou, dizendo que não gostava e hoje esta bem claro o quanto gosta...

Mais enfim, vivendo e aprendendo...

VOCÊ FOI A MAIOR DECEPÇÃO DA MINHA VIDA...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Franqueza




Você passa por mim e não olha
Como coisa, que eu fosse ninguém
Com certeza você já esqueceu
Que em meus braços já chorou também

Eu não ligo, porém, ao seu modo
Isto é próprio de quem é infeliz
Que mostrar que não sente saudade
De um passado que foi tão feliz

Se eu quisesse eu podia dizer
Tudo, tudo que houve entre nós
Mas pra que destruir seu orgulho
Se eu até já esqueci sua voz

De uma coisa eu tenho certeza
Foi o tempo quem me confirmou
Seus melhores momentos na vida
Nos meus braços você desfrutou.

(Maysa)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

EU...


Eu sou a que no mundo anda perdida,

Eu sou a que na vida não tem norte,

Sou a irmã do Sonho,e desta sorte

Sou a crucificada ... a dolorida ...


Sombra de névoa tênue e esvaecida,

E que o destino amargo, triste e forte,

Impele brutalmente para a morte!

Alma de luto sempre incompreendida!...


Sou aquela que passa e ninguém vê...

Sou a que chamam triste sem o ser...

Sou a que chora sem saber porquê...


Sou talvez a visão que Alguém sonhou,

Alguém que veio ao mundo pra me ver,

E que nunca na vida me encontrou!


(Florbela Espanca)

domingo, 20 de setembro de 2009

O enterrado vivo (Carlos Drummond de Andrade)


É sempre no passado aquele orgasmo,é sempre no presente aquele duplo,é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.É sempre no meu tédio aquele aceno.É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.Sempre na minha firma a antiga fúria.Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.É sempre nos meus lábios a estampilha.É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.Sempre dentro de mim meu inimigo.E sempre no meu sempre a mesma ausência.

domingo, 23 de agosto de 2009

VOCÊ

Minha vida está parada...
Não encontro saída...
Não encontro explicações...
Não encontro um caminho...
Não encontro respostas...
Não encontro soluções...

Estou assim... Assim ...

Meus olhos dizem...
Tristeza...Solidão...

Desespero para encontrar um caminho...
Uma palavra amiga... um retorno esperado...
Um amor inacabado... uma vida...
VOCÊ!!!